Orientação da Profª. Fernanda Raghiante.

Dissertação (Mestrado)- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, Campus Uberaba, 2025.

Inclui bibliografia

As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) representam um importante problema de saúde pública global. No Brasil, a fiscalização da qualidade de produtos de origem animal é feita por serviços oficiais de inspeção, exigindo análises microbiológicas periódicas e programas de autocontrole nas...

As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) representam um importante problema de saúde pública global. No Brasil, a fiscalização da qualidade de produtos de origem animal é feita por serviços oficiais de inspeção, exigindo análises microbiológicas periódicas e programas de autocontrole nas indústrias. Este estudo analisou a importância da qualidade microbiológica da água de abastecimento industrial e de alimentos de origem animal, apresentando os resultados obtidos pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Uberlândia entre 2019 e 2023. As análises microbiológicas, realizadas em laboratórios acreditados segundo a ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017 e utilizando metodologias reconhecidas pelo MAPA, avaliaram parâmetros com exigência de ausência legal através de ANOVA e teste de Tukey (p
< 0,05). Para parâmetros com limites quantitativos, os dados foram apresentados em frequências absolutas e relativas, considerando valores superiores a 10 UFC/mL. A análise de variância dos valores de mesófilos na água indicou alta variabilidade (CV = 6,3521), sem diferenças estatisticamente significativas entre os anos (p = 0,11899). Frequências elevadas de E. coli (?10 UFC/mL) foram observadas em 2019 e 2022. Em alimentos, a maioria das amostras - ovos, pescados, banha, carnes suína e bovina in natura, queijos e produtos lácteos - apresentou ausência de Salmonella spp.. No entanto, S. Enteritidis foi detectada em carne de frango temperada (0,04) eS. Typhimurium em linguiça frescal (0,14) em 2023. A presença de E. coli e coliformes termotolerantes foi observada em carnes suína e bovina (temperadas e in natura), linguiça frescal e outros produtos cárneos, com variações nas frequências ao longo dos anos. Esses resultados destacam a necessidade do monitoramento contínuo da qualidade microbiológica da água e dos alimentos e da adoção de ações corretivas para garantir a inocuidade dos produtos e a segurança alimentar da população.

Palavras-chave: microbiologia; controle industrial; água; produtos cárneos; saúde pública.