Avaliação química, fisico química e bioquímica em frutos de Pereskia aculeata miller [recurso eletrônico]
Dissertação
Uberaba, MG : [s.n.], 2023.
57 f : il. ; 33 cm.
Orientação do Prof. Dr. Pedro Henrique Ferreira Tomé
Dissertação (Mestrado)- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, Campus Uberaba, 2023.
Inclui bibliografia
As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) apresentam fatores nutricionais superiores em relação a algumas hortaliças convencionais. Recentemente, pesquisas têm relatado que alimentos saudáveis possuem propriedades funcionais e promotoras de benefícios à saúde. Entre as plantas alimentícias...
As Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) apresentam fatores nutricionais superiores em relação a algumas hortaliças convencionais. Recentemente, pesquisas têm relatado que alimentos saudáveis possuem propriedades funcionais e promotoras de benefícios à saúde. Entre as plantas alimentícias não convencionais, destaca-se a da família Cactáceae, a espécie Pereskia aculeata, denominada no Brasil de ora-pro-nóbis, distribuída geograficamente na Caatinga, no Cerrado e na Mata Atlântica. A ora-pro-nóbis produz folhas, flores, frutos e todos são comestíveis. A investigação referente aos frutos ainda é escassa na literatura. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização química, físico-químicas, bioquímica e nutricional dos frutos da ora-pró-nobis. (Pereskia aculeata Miller). O experimento foi realizado no Instituto Federal do Triângulo Mineiro - Campus Uberlândia, no laboratório de físico-química e no Laboratório de Bebidas. A matéria prima foi adquirida na cidade de Uberlândia/MG. Foram analisados frutos em dois estádios de desenvolvimento "frutos verdes" e "frutos maduros". Em geral, os resultados mostraram que os frutos verdes e maduros possuem quantidades significativas dos compostos químicos analisados. Os teores químicos de proteínas, em base seca, foram em média 10,44% e de fibras 19,55%, independentemente do grau de amadurecimento. Os compostos fenólicos nos frutos verdes (119,53 mg GAE 100 g-1) foram elevados em relação aos frutos maduros (115,67 mg GAE 100 g-1) (p<0,05). O teor de antioxidantes, pelo método de DPPH, nos frutos verdes (67,50%) foi superior aos dos frutos maduros (39,63%), com base na capacidade de consumo do radical DPPH por um composto antioxidante (p<0,05). A acidez total nos frutos verdes (97,53 mEq Ácido Cítrico) foi significativamente superior aos frutos maduros (65,76 mEq NaOH) (p<0,05). O amadurecimento dos frutos de ora-pro-nóbis aumentou significativamente as características vitamínicas, como a vitamina C (126,08 mg Ác. Ascórbico 100 g-1 frutos) e ? caroteno (580 ?g100 g-1). Os teores de açúcares aumentaram significativamente à medida que o fruto amadurece, sendo encontrados nos frutos maduros teores médios de açúcares totais(2,23%), açúcares redutores (1,21%) e açúcares não redutores (1,05 %). O mesmo comportamento foi observado na atividade enzimática da peroxidase (944,93 Ug min-1) e polifenoloxidase (177,07 Ug min-1) com aumento no fruto maduro. Pode-se concluir que os frutos de Pereskia aculeata Miller, apresentaram qualidades químicas e físico-químicas e nutricionais, considerando referência para o consumo in natura ou processado em diferentes estádios de maturação.
Palavras-chave: Ora-pro-nóbis; PANC; qualidade nutricional